segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Vanessa Braga: pomeranos e meninas cremosas

Eu consigo imaginar a Vanessa Braga, de juvenis 14 anos, lambendo a tampa do seu iogurte na manhã em que desfilaria na passarela do Garota Verão 2015, na seletiva em Canguçu, Região Sul do Estado. Minutos antes de entrar na passarela a boca não tinha um ML de saliva. As pernas tremiam bobas em seu terremoto interior. Mal sabia ela que já estava coroada. O concurso mal começava e Vanessa já levava de lambuja o cortejo. Um exagero de beleza.

A beleza não tem padrão. Não é pasteurizada a 100ºC e distribuída em embalagens semânticas pelos botequins. Bonito não é ser feio e tão pouco é feio ser bonito. O lindo é transcender a todos. É romper paradigmas, mostrar novos mundos e infinitas possibilidades de sapatear. Vanessa amanhaceu rainha. Agora dá tchau de miss pelas quebradas de Canguçu. Uma terrinha cheia de pomeranos e meninas cremosas.

— Fui lá e arrasei — contou a Vanessa.

Todo mundo gritava “Vai lá, tu é linda”. E ela foi, de biquini verde e toda bonita. Desfilou segura e imperou geral. As outras candidatas pareciam estar amassando uvas na sua volta. Quero ver a tal da canditada oficial de 2015 fazer mais bonito que a Vanessinha. Ninguém vai lembrar dela. É Vanessa Braga na veia, rapazeada.

A beleza é injulgável. Não se mede e tão pouco se compete. A aventura está sempre lá fora. E que papo é este de só ter terráqueo no Miss Universo? Um dia escreverei sobre isto. Agora não.

Nenhum comentário:

Postar um comentário