O
ônibus que atrasou. Como se não bastasse, veio lotado. Ah, a reunião que durou mais
tempo do que o planejado. A namorada incompreensiva, ele não aguenta mais. A fila serpenteosa do
banco, pra começar bem o dia. O caos no trânsito, a barberagem e a multa filha da puta. O pneu furou. Por quê eu? Estaria eu ficando calvo?
No dia a dia criamos expectativas
otimistas de que tudo ocorrerá da maneira como queremos. Mas não é assim que o baile acontece. O cotidiano se apresenta lotado de delírios e intemperes diversos que
fogem do nosso controle. Devemos considerar isto como fenômenos
extraordinários? Não. Tá na hora de acostumar-se à eles. Pois se acontecem
diariamente, por quê frustrar-se?
Nem
otimistas e nem pessimistas. Apenas conscientes de que a vida segue num fluxo e gira além dos nossos meros anseios. E tão pouco o dinheiro resolverá nossos problemas. Levados pela
enganação de que o dinheiro resolverá tudo, os mais ricos tendem a demandar maiores
frustrações.
Nem
todo mundo estará disponível a dedicar o tempo em prestigiar o sucesso alheio.
Devemos estar condicionados a estabelecer que nossas expectativas devem nos fazer
bem e não mal. Por tanto, equilibrar-se. Não devemos viver sob à expectativa do
outro e tão pouco cobrar dos outros o que está fora de nosso controle.
Sejamos pacientes e perseverantes. Dando um passo à frente já não estamos no mesmo lugar. Pois em cada copo de mar temos um mar infinito para um homem navegar.
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