Escrever não consiste
numa fórmula de bolo. Não é algo que se pasteuriza aos 100ºC. É influência,
inspiração, trabalho e café. É tomar um trago e ter uma ressaca. Ressaca é
ressacar as coisas. Olhar por outro ângulo. A diferença do texto é sempre o
texto. É descompactar a realidade. É tirar o fôlego. É bossa nova sem quindim.
Esta semana tivemos uma
vitória. Moisés Mendes segue em Zero Hora. Após umas necessárias bicas nas
canelas do Bolsonaro, houve uma tentativa de cortar o seu barato. O nosso
barato, na verdade. As pessoas confudem liberdade de expressão com liberdade de
opresssão. O Bolsonaro não tem o direito de oprimir. Este direito não cabe a
ninguém. Este sim é um discurso ilícito.Tem que falar. Tem que comprovar. O
jornalismo tem função social. Funciona como um mediador sociológico. Ativa como
um cronista do imaginário cotidiano. Por isto tem que estar do lado certo e
transcender legendas.
Parafraseando um querido
professor: Jornalismo é pau dentro. E é mesmo. Isto é mais do que um trevo de
quatro folhas. É Chateubriand lutando com luvas de boxe contra Juremir Machado.
É Hunter Thompsom jogando pinuca com Boechat. Moisés Mendes não segue apenas
publicando em Zero Hora. Ele vai publicar mais. Bem feito pro Coimbra.
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