quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Mais Moisés Mendes e menos jornalismo pasteurizado

Escrever não consiste numa fórmula de bolo. Não é algo que se pasteuriza aos 100ºC. É influência, inspiração, trabalho e café. É tomar um trago e ter uma ressaca. Ressaca é ressacar as coisas. Olhar por outro ângulo. A diferença do texto é sempre o texto. É descompactar a realidade. É tirar o fôlego. É bossa nova sem quindim.
Esta semana tivemos uma vitória. Moisés Mendes segue em Zero Hora. Após umas necessárias bicas nas canelas do Bolsonaro, houve uma tentativa de cortar o seu barato. O nosso barato, na verdade. As pessoas confudem liberdade de expressão com liberdade de opresssão. O Bolsonaro não tem o direito de oprimir. Este direito não cabe a ninguém. Este sim é um discurso ilícito.Tem que falar. Tem que comprovar. O jornalismo tem função social. Funciona como um mediador sociológico. Ativa como um cronista do imaginário cotidiano. Por isto tem que estar do lado certo e transcender legendas.
Parafraseando um querido professor: Jornalismo é pau dentro. E é mesmo. Isto é mais do que um trevo de quatro folhas. É Chateubriand lutando com luvas de boxe contra Juremir Machado. É Hunter Thompsom jogando pinuca com Boechat. Moisés Mendes não segue apenas publicando em Zero Hora. Ele vai publicar mais. Bem feito pro Coimbra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário