domingo, 31 de agosto de 2014

Sem pressa e sem preguiça: a batida perfeita

Ou vai muito rápido ou muito devagar. Quiçá ele nem faça. É comprovado que o mundo tem girado mais depressa. Isto tem provocado uma oscilação de pressa e preguiça em toda a humanidade. No trânsito é um velocista. Mas é do tipo que pega elevador pra ir no segundo andar. Compra sanduíche pronto pra não ter o processo artesanal de fazê-lo e tão pouco criar mais louça pra lavar. Vive de comida congelada e música em streaming.
Chega em sua casa se atira no sofá. Aí sim. Agora a preguiça pode reinar. Porque todo apressado é um preguiçoso intrínseco. Ele dirige rápido pelo trânsito, corta pela direita, tira fino do ciclista, fura o sinal, ignora o malabarista do semáforo. Xinga o carro ao lado. Ninguém tem o direito de ser tão apressado quanto ele. Afinal, quem trabalhou 9 horas arrastadas durante o dia? Ou quem está cansado da rotina? Ele. Somente ele. O preguiçoso só é apressando quando lhe é conveniente. Por pura e simples necessidade de poder ser preguiçoso em seu habitat natural o mais rápido possível.
Todos carregamos a pressa e a preguiça por entre os poros. Porém é preciso administrá-los. Nenhum dos lados pode dominar o outro. É uma espécia de ying-yang selvagem. 

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